Resumo:
O arquiteto Sergio Ferro analisa sua trajetória de mais de 50 anos como arquiteto, artista e intelectual, desde sua formação até seus trabalhos mais recentes.
Avesso à separação entre teoria e prática, os objetos de estudo de Sérgio Ferro, aparentemente tão distintos, nos ajudam a compreender sua obstinação pelo lugar do trabalho livre na produção. Das sofisticadas obras de arte às humildes casas operárias, toda construção pode ser lida segundo o arquiteto como documento histórico, capaz de revelar aspectos ocultos dos homens e das sociedades que as criaram.
Ferro, além de arquiteto, também é pintor e desenhista. Está radicado na França há mais de 30 anos e se formou em Arquitetura e Urbanismo em 1962, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP São Paulo. Juntamente com outros arquitetos brasileiros, Ferro constituiu no final da década de 60 o grupo intitulado Arquitetura Nova, o qual foi responsável pela crítica segundo a perspectiva do marxismo, à produção arquitetônica instituída no Brasil de uma forma geral.