Professores responsáveis |
Alves, Manoel Rodrigues |
Professores responsáveis |
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Palestrante/professor |
Ferreira, João Sette Whitaker |
Editor |
Carrilho, Juliana |
Editor |
Zanardi, José Eduardo |
Câmera |
Departamento de Arquitetura e Urbanismo da EESC-USP |
Organização/autoria |
Comissão de Coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo - CoC-Arq-Urb da EESC-USP |
Data de entrada no repositório |
02/09/2014 às 19:05:35 |
Data de divulgação |
02/09/2014 às 19:05:35 |
Data |
02/04/2007 |
Identificação (outro) |
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URI |
http://repositorio.iau.usp.br/handle/RIIAU/172 |
Informações complementares |
Apoiando-se nessa falsa realidade, os empreendedores urbanos da cidade conseguem canalizar os recursos públicos de forma a sustentar a construção, na região da Marginal do Rio Pinheiros, uma "centralidade global de negócios", desviando assim as políticas públicas das prioridades prementes ligadas à uma
fratura sócio-espacial que não pára de crescer. Assim, em uma cidade em que quase 50% da população é privada dos direitos de cidadania mais básicos e não consegue sequer a incluir-se na dinâmica urbana da cidade formal, alguns grupos de empreendedores, associados ao Poder Público, conseguem criar uma "cidade dentro da cidade", verdadeira ilha de Primeiro-Mundo, pousada sobre uma matriz urbana na qual sobrevivem ainda as relações sociais arcaicas típicas do sub-desenvolvimento urbano de um país que ainda nem conseguiu vencer as dificuldades impostas por sua herança colonial.
Uma análise mais pormenorizada mostrará que se trata de uma dinâmica de produção do espaço urbano – muito próxima do modelo da "máquina do crescimento urbano" – baseada em coalizões entre as elites urbanas locais e o
Poder Público, e que não tem nada de "moderno", e muito menos de "global".
São na verdade as tradicionais e arcaicas relações sociais típicas do "patrimonialismo" brasileiro que se reproduzem na escala urbana para garantir a hegemonia das elites sobre o processo de produção da cidade. |
Resumo |
A "cidade-global" vem sendo difundida pelo mundo como o único modelo urbano capaz de garantir a sobrevida das cidades no "novo" contexto da "globalização da economia". Se esse modelo pode até mostrar-se de alguma eficácia no contexto das grandes cidades desenvolvidas, isso não ocorre, entretanto nas grandes metrópoles periféricas, como no caso de São Paulo.
A observação de dados empíricos da cidade mostra que ela não apresenta nenhum dos atributos típicos da "cidade-global": ela não se situa na rota dos grandes fluxos da economia global, não sofre de um processo de desindustrialização estrutural nas mesmas proporções do que as cidades desenvolvidas, não vê o "terciário avançado" se sobrepor aos outros setores da economia, etc. Entretanto, o discurso dominante do pensamento único neoliberal, que tem como paralelos urbanos as teorias da "Cidade-Global", do "Planejamento Estratégico" e do "Marketing de cidades", impõe um discurso ideológico pelo qual esses modelos seriam as únicas opções de urbanização aceitáveis para São Paulo. |
Idioma |
pt |
Assunto(s) |
Planejamento estratégico |
Assunto(s) |
Cidade global |
Assunto(s) |
Marketing de cidades |
Título |
Palestra "O Mito da Cidade Global" |
Tipo |
Video |
Instituição de origem |
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP) |
Local do evento |
Anfiteatro Jorge Caron da EESC-USP |
Localização física |
DVD 003 |
Duração |
01h 53min |
Produção |
Laboratório Midimagem do IAU-USP |
Formato original |
DV |