Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos


Seminário internacional "Financeirização e estudos urbanos

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Professores responsáveis Rufino, Beatriz
Professores responsáveis Shimbo, Lúcia
Palestrante/professor Halbert, Ludovic
Palestrante/professor Klink, Jeroen
Palestrante/professor Ribeiro, Luiz Cesar de Queiroz
Palestrante/professor Fix, Mariana
Palestrante/professor Rolnik, Raquel
Palestrante/professor Pereira, Paulo Cesar Xavier
Palestrante/professor Zamboni, Débora Prado
Palestrante/professor Klett, Ivo Ricardo Gasic
Palestrante/professor Ungaretti, Débora
Palestrante/professor Mendonça, Pedro Henrique Rezende
Palestrante/professor Winter, Eugenia
Palestrante/professor Canettieri, Thiago
Palestrante/professor Pederneira, Eduardo Lopes
Palestrante/professor Filho, Carlos Alberto Penha
Palestrante/professor Jaenisch, Samuel Thomas
Palestrante/professor Barcellos, Marcos
Palestrante/professor Lancha, Joubert José
Palestrante/professor Shimbo, Lúcia
Palestrante/professor Bardet, Fabrice
Palestrante/professor Royer, Luciana
Palestrante/professor Rufino, Beatriz
Palestrante/professor Socollof, Ivana
Palestrante/professor Sanfelici, Daniel
Palestrante/professor Cardoso, Adauto
Palestrante/professor Dias, Nílcio Regueira
Palestrante/professor Stroher, Laisa
Palestrante/professor D’Almeida, Carolina Heldt
Palestrante/professor Silva, Fernanda Pinheiro da
Palestrante/professor Melazzo, Everaldo
Palestrante/professor Rizek, Cibele
Palestrante/professor Aalbers, Manuel
Editor Arruda, Pedro Oliveira Galvão de
Editor Zanardi, José Eduardo
Câmera CPDig - IAU|USP
Câmera Ceneviva, Paulo Victor S.
Câmera Cseh, Marcelo
Organização/autoria Rufino, Beatriz
Organização/autoria Shimbo, Lúcia
Data de entrada no repositório 16/07/2018 às 14:35:06
Data de divulgação 16/07/2018 às 14:35:06
Data 15/05/2018
URI http://repositorio.iau.usp.br/handle/RIIAU/284
Informações complementares A produção do espaço urbano se alterou profundamente nos últimos trinta anos diante da implementação de agendas neoliberais de desenvolvimento econômico e de políticas públicas e do aumento da importância dos circuitos transnacionais das finanças. Nesse processo, o setor imobiliário ganhou relevância na transformação estrutural do capitalismo contemporâneo, reconhecida por autores de diversos campos do conhecimento, como financeirização. De modo geral, a financeirização vem sendo tratada por três abordagens principais na literatura internacional: como regime de acumulação de capital; como lógicas e práticas de corporações pautadas pelo valor do acionista (shareholder value, “financeirização das corporações”); e como práticas das famílias (“financeirização do cotidiano”) (Van de Zwan, 2014; Aalbers, 2016). Mais especificamente, em relação aos estudos urbanos, a financeirização vem sendo estudada por quatro escolas principais: economia do mercado imobiliário, infraestrutura urbana, políticas públicas e habitação (Attuyer e Halbert, 2016). Em comum, esses estudos revelam que a cidade não é mais somente financiada e produzida por atores urbanos históricos, tais como, proprietários, incorporadores, construtoras, Estado, bancos e, muitas vezes, habitantes (Lorrain, 2011). Uma das maiores transformações está relacionada ao aumento progressivo do papel dos investidores financeiros na elaboração de grandes projetos urbanos e nos empreendimentos imobiliários. Mesmo em relação aos atores históricos, é possível notar adaptações e alterações em suas lógicas e práticas dentro desse contexto financeirizado, sejam eles privados (como no caso, os incorporadores – Coulondre, 2016) ou públicos (por exemplo, governos locais - Weber, 2015). Aalbers (2016) destaca que a habitação é um tema menos estudado no debate sobre financeirização, mas que vem ganhando destaque nos últimos anos considerando o contexto pós-crise subprime e os trabalhos sobre financiamentos e securitização de hipotecas, ao planejamento urbano, às residências privadas aliadas a serviços específicos e às políticas de subsídio. Paralelamente a esse debate europeu, a literatura latino-americana também vem se dedicando à análise sobre a heterogeneidade nas formas de produção e de consumo da urbanização na região (Pirez, 2016). A intensificação da produção imobiliária e a expansão dos investimentos em infraestrutura nos países da América Latina, além de reforçarem a importância dessas atividades para a compreensão das mudanças urbanas e territoriais mais amplas, têm indicado uma crescente articulação entre os ramos e setores, impondo novos desafios para a compreensão da produção do espaço urbano, com crescente associação de agentes públicos e privados, que ora combatem a desigualdade – que no caso latino-americano, é estrutural - ora procuram se beneficiar. Neste sentido, há estudos que procuram associar ciclos imobiliários e crises econômicas (Daher, 2013; Socollof, 2015), valorização imobiliária e metamorfose urbana (Mattos, 2016), Estado e agentes privados na produção e na gestão de infraestrutura urbana (Conolly, 2015; Catenazzi, 2013). No Brasil, o forte aumento do setor imobiliário suportado tanto pelo movimento importante de abertura de capital de grandes incorporadores e construtores quanto pela política habitacional e demais mecanismos institucionais de dinamização do setor, alimentou um campo acadêmico que vem se mobilizando recentemente. De um lado, há pesquisas sobre a aproximação entre setor imobiliário e finança, enfatizando a circulação de capitais e os efeitos territoriais das atividades imobiliárias (Fix, 2011; Sanfelici, 2013; Hoyler, 2014; Rufino, 2017). De outro, a construção da habitação e as estratégias das grandes empresas desde o canteiro de obras vêm ganhando destaque como objeto primordial de análise (Moura, 2011; Shimbo, 2012; Baravelli, 2017). Além disso, há os trabalhos que vão explicitar a financeirização da produção urbana (Sanfelici e Halbert, 2015; Rolnik, 2015) e da política da habitação (Royer, 2014). Se a questão da financeirização da produção urbana está bastante consolidada no debate europeu, a identificação das convergências e dissonâncias entre os estudos latino-americanos e entre eles e o debate internacional ainda precisa ser discutida e amadurecida. Afinal, trata-se de uma reestruturação capitalista e de reconfiguração de cidades em nível mundial. Neste sentido, este Seminário procura cruzar os olhares europeus e latino-americanos sobre as alterações estruturais ocorridas no setor imobiliário e de infraestrutura urbana desde os anos 1970. Busca, dessa forma, apresentar trabalhos que vem se destacando nos estudos urbanos e discutir sua articulação com as tendências que se fazem presentes no debate sobre a financerização, em dois eixos: i) Circuitos de capital, atores e conflitos na reconfiguração das cidades e ii) Estado, promoção imobiliária e valorização financeira. Em termos metodológicos, este Seminário se organiza em dois momentos. O primeiro ocorrerá no período da manhã e se organiza em conferências de convidados internacionais, seguidas de mesas redondas com pesquisadores nacionais e internacionais, que são referências no debate contemporâneo nos estudos urbanos e financeirização. O período da manhã será finalizado por um debate, procurando garantir uma articulação com as questões aqui propostas. O segundo momento será composto de três Grupos de Trabalho, em que o Comitê Científico escolherá 15 trabalhos sobre o tema do evento, procurando identificar pesquisas realizadas e em andamento e aumentar a interlocução acadêmica entre jovens pesquisadores da área. Ao final, haverá uma conferência de encerramento seguida de uma discussão geral, com mediação da Comissão Coordenadora, que buscará sintetizar as questões apresentadas e discutir agendas futuras de pesquisa. Os anais estão disponíveis no link: http://www.iau.usp.br/seminariofinanceirizacao/index.php/anais/
Resumo Este Seminário procura cruzar os olhares europeus e latino-americanos sobre as alterações estruturais ocorridas no setor imobiliário e de infraestrutura urbana desde os anos 1970. Busca, dessa forma, apresentar trabalhos que vem se destacando nos estudos urbanos e discutir sua articulação com as tendências que se fazem presentes no debate sobre a financerização, em dois eixos: i) Circuitos de capital, atores e conflitos na reconfiguração das cidades e ii) Estado, promoção imobiliária e valorização financeira.
Financiadores FAPESP, CNPq, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo FAU|USP, Pró-Reitorias de Pesquisa e Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP, Observatório das Metrópoles, Institut Français, Consulat Général de France à São Paulo
Idioma pt
Assunto(s) Financeirização
Assunto(s) América Latina
Assunto(s) Estudos urbanos
Título Seminário internacional "Financeirização e estudos urbanos
Tipo Video
Instituição de origem Instituto de Arquitetura e Urbanismo IAU-USP
Local do evento Anfiteatro Luiz Gastão de Castro Lima - ICMC-USP e Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas-IFSC-USP
Localização física DVD 097
Duração 14h35m04s
Formato original arquivo digital .mts
Subtítulo olhares cruzados Europa e América Latina"
Data final do evento 16/05/2018


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